A tecnologia e a arte se encontraram em um evento sem precedentes no mercado de leilões. Uma pintura do matemático britânico Alan Turing, criada pelo robô humanoide Ai-Da, foi vendida por US$ 1,32 milhão. Essa obra, intitulada “A.I. God”, quebrou as expectativas iniciais de venda que variavam entre US$ 120.000 e US$ 180.000.
O leilão, realizado na Sotheby’s em Nova York, marcou um ponto histórico ao ser a primeira obra de arte criada por um robô a ser vendida por um preço tão elevado. Ai-Da, considerado um dos robôs mais avançados do mundo, destacou-se não só por sua capacidade técnica de reprodução de imagens, mas também por seu potencial em gerar debates sobre as implicações éticas e sociais das tecnologias emergentes.
A obra impressiona não apenas pela técnica, mas também pela reflexão conceitual que incita sobre a natureza divina da inteligência artificial e da computação. A criação de Ai-Da espelha as advertências de Turing sobre o controle da IA e suas possíveis consequências.
Idealizado por Aidan Meller, especialista em arte moderna e contemporânea, e batizado em homenagem a Ada Lovelace, a primeira programadora de computadores do mundo, o robô foi projetado para se assemelhar a uma mulher. Durante o processo criativo, Ai-Da recebeu instruções específicas sobre estilo e elementos estéticos, além de utilizar as câmeras em seus olhos para analisar imagens de Turing, culminando no retrato final.
Essa venda recorde não só reafirma o potencial crescente da IA no mundo da arte, mas também leva a uma nova era de intersecção entre inovação tecnológica e expressão artística em um mercado global.
Para mais detalhes, acesse: https://www.theguardian.com/artanddesign/2024/nov/08/alan-turing-portrait-ai-da-robot-painting-sale-price-auction
